Os economistas brasileiros, através da Federação Nacional dos Economistas – FENECON, entidade máxima de representaçãoç sindical da categoria, reunidos durante a realização do IV Encontro Nacional de Entidades Sindicais dos Economistas – IV ENESE, na cidade de Campo Grande – MS, tornam público o seu posicionamento frente à atual conjuntura política e econômica, bem como apontam as diretrizes a serem seguidas pela categoria.
Em relação à Economia, que nesse ano eleitoral assume aspecto fundamental em seus desdobramentos, acreditam em uma nova orientação de política econômica, com metas audaciosas e necessárias de crescimento e emprego, com redução substancial da taxa de juros e ampliação dos investimentos públicos, na perspectiva de um projeto nacional de desenvolvimento consistente, que considere nossa soberania, a valorização do trabalho e que esteja voltado para a integração solidária de toda a América Latina. Como foi definido quando da realização do III ENESE em Londrina – PR, “coloca-se na ordem do dia o equacionamento e queda da taxa de juros, desoneração fiscal, distribuição de renda, crescimento econômico mais qualificado, com criação de novos postos de trabalho, diminuição das desigualdades sociais e desequilíbrios regionais”. Esses compromissos de luta permanecem atuais.
Com relação ao movimento sindical, os economistas sindicalistas continuam vigilantes em defesa da liberdade e da autonomia sindical. A relativa vitória com a saída de pauta da reforma sindical, apresentada pelo governo e construída por parte do movimento sindical, deve-se à condução inadequada do Ministério do Trabalho, pela crise política, e, principalmente, pela resistência de parcela expressiva do movimento sindical brasileiro em reação ao seu conteúdo. Os economistas continuam e estarão vigilantes em conjunto com o movimento sindical das profissões liberais, na luta pela garantia de um novo modelo sindical progressista, que considere as entidades sindicais de profissionais liberais, sua realidade e a manutenção de sua fonte de sustentação financeira, tendo em vista o enfrentamento futuro com a ofensiva liberal pela flexibilização de direitos trabalhistas históricos e constitucionais.